quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Menina infância


Menina infância
Que perambula pelas ruas
Que invade os bares
Que incendeia os lugares
Que despe os rapazes
Que insinua
Que antes nua 
Seria uma menina
Agora se mostra mulher
Quem disse 
Que deixou de ser menina
As ruas convidam
Ao esquecimento
Onde está o colo da mãe
E o lar genuíno
"A rua " tua nova morada 
Ela te corrompe
Ardilosamente
Roubando a tua infância
Teu apelido "menina"
trocou por um sorvete
E agora
Esconde a insatisfação 
da criança
Quem achar a menina infância
Nos bares
Nas ruas
E nos lugares
Dê um pouco
de atenção
Pois onde mora
A normalidade
O lugar de onde advém
Esconde a fealdade
Da vida que ela tem


Arlã Rocha

2 comentários:

  1. Lindo poema que trata da prostituição. A perda da inocência pela necessidade de sobreviver, usando seu corpo como meio.

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  2. Obrigado poetisa!É um prazer saber que uma pessoa como você aprecia o que escrevo!

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